29 de outubro de 2008

Silenciosa intimidade


De todos os pensamentos, de todas as angustias
De todos os barcos, de todos os rios
Eu escolhi-te a ti,
Silenciosa intimidade, poder supremo,
Arvore que se ergue invisível a sol algum.
É contigo que falo...é a ti que recorro,
Quando perdida estou dentro de mim mesma.
Escolhi-te a ti !
Serás a mensageira do que sou,
A protectora do que dou .
Ouvirás e crescerás como uma rocha, um diamante .
Encerrarás em ti mesma tudo aquilo que virei a ser,
Darás depois,
Quando a aurora não mais brilhar,
Quando o pensamento se diluir no tempo
Darás então,
Como um fruto que caí maduro..
A memória do que conquistaste, do que conseguiste,
E a perpetuarás no coração daqueles
Que amarei para sempre!

28 de outubro de 2008

Desafios

Atrevamo-nos a viver e saberemos quem somos,

a nossa verdade flutua na experiência de nós próprios !

E grandes seremos.... porque não nos desperdiçámos !

16 de outubro de 2008

Espero por ti!


Teria sido tão fácil se tivesses fixado os meus olhos,
Teria sido tudo tão mais fácil ...
Porque não sentiste o teu peito a bater?
Porque não ouviste a voz dos passáros?
O barulho do mar?
Pedi-te tanto.
Cheguei até a suplicar...
Que olhasses o horizonte enquanto andavas,
Que chorasses em vez de rires de ti próprio,
Que te aconchegasses a mim, mesmo sem teres frio...
Ah, como teria sido tudo tão fácil!
E assim se perdeu um tempo,
Que sendo nosso nunca o terá sido,
Assim se perdeu tanto de nós ... tanto de ti...
Que tal como a areia nos dedos ,
Senti fugir para longe de mim!
E chorei... e gritei... com angústia e ás vezes mágoa!
Lutei, lutei...lutei !
E cansada, esgotei.
Sento-me á beira deste rio, de pranto e tristeza
Serenamente eu espero que tu venhas,
E desta vez, fixes os meus olhos e digas:
Deixa-me chorar contigo, Mãe!

14 de outubro de 2008

O mundo dos contrastes... ( IV)

Na pobreza...

Na riqueza...

VIVER, NÃO VIVER OU SOBREVIVER

Eis a eterna questão!


13 de outubro de 2008

No feminino... e no plural!


A todas as Mulheres...
Mulheres batidas, sofridas
Mulheres esquecidas!
Mulheres de sorriso escondido...
perdido,
Mulheres vendidas!
Mulheres que choram e imploram,
resgatar o direito,
de viver simplesmente,
olhando de frente,
um mundo imperfeito.
A todas as Mulheres corajosas,
belas,vistosas..
Mulheres de perfil!
Mulheres que vivem lutando,
no trabalho ou estudando,
num mundo servil...
Mulheres que de filhos nos braços,
distribuem pedaços
de portas fechadas.
Ou esperam o dia, com a alma vazia
chorando, coitadas.
A todas essas Mulheres,
essas e outras que timidamente...
vivem assim na penumbra,
do inferno escondido,
de um mundo indiferente;
Eu ofereço a minha voz de Mulher,
para que gritem mais alto
e se façam ouvir,
E que na noite o sol nasça
Mulher cheia de graça
Com todas as portas a abrir!

6 de outubro de 2008

Não me digam que não podem!

Não são os grandes discursos que mudarão a história, são sim os exemplo de vida que constroem histórias, que transmitem esperança a quem não acredita que é possível mudar o mundo.

2 de outubro de 2008

Em busca do infinito!

Há momentos em que, parecendo-nos tudo hoje, igual a ontem, há um pequeno traço, uma pequena brisa, um singelo gesto que vem tão somente marcar a diferença e soprar-nos ao ouvido até que a alma oiça, sinta e veja o quanto estamos rodeados de seres magnificos cuja busca pelo infinito transparece como aura, até na voz e no olhar.

Foi assim que me surpreendeu uma amiga, que desconhecia ser poeta, ao oferecer-me o seu livro " Deus na minha poesia ". O gesto, que trazia em forma de laço uma dedicatória, tocou-me comovidamente a alma, pela descoberta de que embora por caminhos diferentes, buscamos na vida coisas semelhantes deixando por vezes o rasto de uma vela perfumada...


" Vela Perfumada "
( A minha constante procura do Divino)

Nas profundezas da Alma
Busco respostas para os meus-porquês...
Encontro em cada esquina da Vida
Sombras disformes da realidade sonhada
Qual inocente criança à espera de crescer.
Vislumbro, ao longe, um clarão disperso
De um Futuro indeciso
Espreitando, tímido, um tènue Passado.
Vivo o Presente como dádiva
Enlaçada por Mão Divina
Que me proteje e ilumina.
Esvaindo com a Noite
A Vela Perfumada
Dos meus Sonhos!...

Helena Nunes in "Deus na minha poesia"