29 de janeiro de 2009

Naturalmente.... " Aurora Bureal "

Perante a força dos elementos

somos realmente pequenos!

Perante a sua beleza e a magnitude dos seus efeitos

somos igualmente complexos!

27 de janeiro de 2009

Para que reze a história...

Filho da Azinheira, como gostava sempre de dizer, nasceu naquela pequena aldeia do concelho de Oleiros, num tempo em que o mundo se circunscrevia ao perímetros dos pinheiros a perder de vista . Estes rodeavam as casas feitas de pedra e divisórias em madeira que hoje em abandono e ruínas ainda lá permanecem, apenas para fazer lembrar a história.
Em pequeno era traquinas, dizem!
Filho de gente pobre, guardava cabras com os irmãos, depois de chegar da escola, pelo meio daqueles montes e vales onde o pai era resineiro.
A mãe, cuidava da horta onde às vezes também plantava linho e tratava do porquito, que mais tarde haveria de salgar, curar os seus presuntos e os enchidos que dariam sustento à família.
Sempre mostrou orgulho pelos pais, e pela suas origens. Sempre nos transmitiu isso.
Aventurou-se por Lisboa ainda muito novo, apoiado pelo irmão mais velho. Foi empregado de mesa, e aproveitou ao longo da vida, todas as oportunidades para se tornar exímio nessa arte.
Foi militar de paz e de guerra e foi nessa guerra, à qual sobreviveu, que casou e viveu sem nunca a ter verdadeiramente compreendido.
Foi um especialista na minúcia da construção de um selo. Foi um homem rigoroso, orgulhoso e por vezes austero.
Nem sempre compreendeu e nem sempre foi compreendido. Mas foi um homem simples na sua essência, que soube transmitir, por linhas direitas e tortas, os valores do dever e da honra, da humildade e do trabalho.
Nem sempre foi a melhor pessoa, o melhor marido ou o melhor pai. E soube reconhecê-lo.
Fez um percurso, o seu percurso. Com ele condicionou outros, é verdade. Mas também foi condicionado!
Não deixou de aproveitar a segunda oportunidade que a vida lhe deu para ser diferente. E conseguiu. Orgulhou-se de o ter feito e eu também!
Foi meu Pai!
Faz hoje oito anos que partiu, e com tudo o que foi e o que viveu, continuará sempre presente na memória e na vida das suas filhas.

26 de janeiro de 2009

A vida de um saco de plástico

A vida de um saco plástico é:


1 segundo de fabrico
20 minutos de uso
400 ANOS DE DECOMPOSIÇÃO ATÉ ABANDONAR A NATUREZA

Vale a pena pensar nisto!


Nota: Texto impresso num pequeno saco de papel
da Yves Rocher

25 de janeiro de 2009

Desavergonhadamente...


No diz que disse, que é mentira e se prove quanto antes....

No rola e rebola em rodopio de favores que ninguém viu...

No descalabro e na vergonha da palavra sem honra....

Ficaremos orfãos de mérito e crédito.


Será que ainda conseguem pedir-nos com distinta ousadia e lata....

Para não ouvirmos, nem vermos, o quanto a sociedade está farta...

De gente sem brio,

Que nos vai deixando, dia após dia...

Suspensos na dúvida, com a dignidade amarfanhada...

Orfãos de tudo e de nada.

14 de janeiro de 2009

O mundo dos contrastes... (VI)

Nada poderá impedir o teu pensamento de voar!
Mas há tanta coisa a impedir que alguém o oiça...
Cabo Verde - Ilha da Boavista- 2008
Foto gentilmente cedida pela minha amiga Ana

10 de janeiro de 2009

Andando por aí....


Sem saber para onde vou

Vou andando por aí.

Perdida e achada de vontade

Vivendo num segundo, a eternidade

O desejo, na página que não li.

No brilho do momento

Fica a certeza,

Que perdendo o rosto a beleza

A alma alcança o infinito,

Pendurada na memória do que lá tem escrito.

Sim, seguirei o caminho!

Respirando os lugares, os mares

Os gestos e os afectos,

Na inevitável verdade

Que um dia, mesmo com vontade,

Não vou andar mais, por aqui !