Na
circunferência da terra, grande é a vinha e nela se contorcem as cepas, amparadas
pela espera dos cachos.
Oiço-lhes
os carpidos, dissolvidos no assobio do vento e ajeito-lhes as parras de luz e
de sombra.
Generosas,
pedem-me que beba do bago, a transparência do sangue que lhes adoça a grainha e
eu sinto em mim, o calor do néctar que nos une em pertença.
in: Do outro lado do espelho, (2011:p 60 )